O Ex-funcionário do IAP – Instituto Ambiental do Paraná, Milton Luiz Zucchi, exonerado pelo governador por exigir propina de empresário vai a julgamento no dia de hoje, no Fórum de Pato Branco (sudoeste do Paraná). O governador do Paraná, Beto Richa, demitiu o funcionário no dia 7 de julho de 2015, após sindicância administrativa em que ficou comprovado a prática ilegal.
O Decreto do governador, no DIARIO OFICIAL DO ESTADO , salientou que o servidor do IAP, infringiu dispositivos estatutários, sendo submetido a processo administrativo, sendo lhe assegurado ampla defesa. Posteriormente a Comissão entendeu que havia provas cabais de que o servidor praticou as condutas irregulares, embasando o ato de demissão do mesmo.
Recorde o caso – Em 2013, uma decisão judicial determinou o afastamento de Zuchi e outros funcionários do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) sob fortes indícios de corrupção no Sudoeste do Paraná. Gravações mostraram o fiscal e outros supostamente envolvidos, pedindo propina para expedirem licenças ambientais a um loteamento em Pato Branco. O empresário contou à época que o primeiro pedido foi de R$ 700 mil reais, tendo o valor baixado, posteriormente para R$ 400 mil. Depois de instaurado inquérito e iniciadas as investigações pela Polícia Civil de Pato Branco, surgiram outros casos de denúncia de pedido de propina.
O Delegado de Polícia, Romulo Ventrella, foi o responsável pela condução do inquérito policial, que encaminhou ao Ministério Público, dando base para o oferecimento da denuncia contra o irmão do prefeito da cidade, Augustinho Zucchi.
Na época, os chefes regionais do IAP em Pato Branco e Francisco Beltrão foram afastados de suas funções por determinação judicial para investigação criminal que apurava envolvimento de ambos em crime de corrupção. O Juiz de Direito da Vara Criminal de Pato Branco, Dr. Eduardo Faoro, decretou o afastamento de Silvio Hasse e Milton Zucchi do escritório do Instituto Ambiental do Paraná em Pato Branco e de José Wilson Carvalho, de Francisco Beltrão.
A vítima, empresa Palagi & Dairoit, declarou que há dois anos vinha tentando aprovar um projeto de loteamento urbano em Pato Branco, não obtendo êxito, teve um pedido de propina no valor de R$. 700.000,00, disse a época o procurador da empresa, Ulisses Viganó Jr. Não concordando em pagar o valor ilícito, a empresa teve a licença de instalação negada.
Ulisses Vignó Jr. Procurou a presidência do IAP, que concordou em que a vítima colhesse provas do pedido de propina e denunciasse os responsáveis pela ilegalidade. Desta forma Viganó após contato feito por um dos envolvidos em seu telefone celular, fingiu negociar valores e registrou em áudio, vídeo e conversas de “facebook”, entregando na Delegacia da Polícia Civil.
O Delegado de Polícia , Dr. Rômulo Contin, representou ao Juiz pela prisão dos envolvidos, buscas e apreensões entre outras medidas, todas encampadas pelo Ministério Público. O Juiz Eduardo Faoro, da Vara Criminal de Pato Branco, adotou medidas cautelares de afastamento dos envolvidos dos seus cargos. O réu Milton Luiz Zucchi é acusado de corrupção, com a cobrança de propina para liberação de licenças ambientais.
O fato repassado a Secretaria Estadual de Segurança Pública que, através da Polícia Civil, passou a monitorar os servidores. Na época, devido a exoneração da chefia e afastamento dos servidores, a presidência do órgão interviu em Pato Branco enviando o diretor jurídico do IAP, Luciano Marchesini, para atender a população.
O juiz do caso decretou segredo de justiça, por isso o Vigilantes da Gestão não conseguiu acompanhar o julgamento na data de hoje.
Fonte: Redação e Web