A Polícia Civil do Paraná deflagrou nesta sexta-feira (4) a “Operação Castra” para prender 14 pessoas de uma organização criminosa suspeita de furto e dano qualificado, roubo, invasão de propriedade, incêndio criminoso, cárcere privado, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e irrestrito e constrangimento ilegal. Quédas do Iguaçu, 04/11/2016. Foto: Divulgação Polícia Civil Paraná

Suspeita de furto e dano qualificado, roubo, invasão de propriedade, incêndio criminoso, cárcere privado, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e irrestrito e constrangimento ilegal.

Grupo é suspeito de invadir fazenda e manter funcionários em cárcere privado. A investigação começou em março de 2016, por policiais da Delegacia de Cascavel, após a invasão da Fazenda Dona Hilda, em Quedas do Iguaçu, quando empregados da propriedade foram mantidos em cárcere privado por horas e sob a mira de armas de fogo. O dono da terra disse à polícia que após a invasão sumiram cerca de 1,3 mil cabeças de gado e que teve um prejuízo estimado em R$ 5 milhões, referente aos danos à propriedade.
segundo a polícia os bois eram transportados com documentação irregular e a investigação apontou que uma parte destes animais foi vendida pelos integrantes do MST. Os alvos desta ação policial também cobravam uma taxa em dinheiro de até R$ 35 mil, ou sacas de grão, para autorizar que os donos fizessem a colheita da própria plantação.


A Polícia Civil do Paraná faz uma operação na manhã desta sexta-feira (4) para prender integrantes do MST suspeitos de participar de uma organização criminosa investigada por furto e dano qualificado, roubo, invasão de propriedade, incêndio criminoso, cárcere privado e porte de arma ilegal, entre outros crimes. De acordo com a polícia eles mantinha uma espécie de milícia privada.

A ação foi batizada de “Castra”, que traduzido do latim significa latifúndio, e ocorreu em Quedas do Iguaçu, Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul, no Paraná; e também em São Paulo e em Mato Grosso do Sul.

Os alvos da operação são integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) e o vereador Claudelei Torrente de Lima (PT), que foi o mais votado nas eleições deste ano em Quedas do Iguaçu. Ele foi preso por volta das 7h30. Um dirigente nacional do MST também está entre os alvos da operação, segundo a polícia.

Ao todo, foram expedidos 14 mandados de prisão, 10 de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento. Até as 15h, oito pessoas tinham sido presas: seis em Quedas do Iguaçu, uma em Laranjeiras do Sul e uma em Francisco Beltrão.

Pela manhã os presos foram ouvidos e ficarão detidos preventivamente por 30 dias na Penitenciária Industrial de Cascavel. Em nota, o diretório estadual do PT, partido do vereador eleito preso, pede esclarecimentos das ações e diz repudiar “qualquer tentativa de criminalização dos movimentos sociais”.

“Causa-nos estranheza os fatos e as informações inicialmente apresentados. É preciso que os motivos dessas ações sejam muito bem esclarecidos, a fim de evitar a perseguição de lideranças populares que lutam pelos interesses da comunidade. O PT-PR apoia a luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) por reforma agrária e por um País mais justo e solidário. Também repudia toda e qualquer tentativa de criminalização dos movimentos sociais. Por isso, exige das autoridades competentes um sério e criterioso esclarecimento a respeito dessas operações.”

Também em nota o MST relembrou o histórico de ocupações de terras na região de Quedas do Iguaçu, onde cerca de 3 mil famílias estão acampadas desde maio de 2014, e aponta para possíveis perseguições contra trabalhadores e líderes do movimento.

Investigação – A investigação começou em março deste ano após uma invasão em uma fazenda que fica em Quedas do Iguaçu. Segundo a Polícia Civil, os investigados são suspeitos de manter os empregados do local em cárcere privado sob a mira de armas de fogo por várias horas. O dono da propriedade disse à polícia que após a invasão sumiram cerca de 1,3 mil cabeças de gado e que teve um prejuízo estimado em R$ 5 milhões no total de danos à propriedade.

Os alvos da operação, ainda de acordo com a polícia, também cobravam uma taxa de até R$ 35 mil ou sacas de grão para autorizar que os donos da fazenda fizessem a colheita da própria plantação.

Fonte: WEB

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