Além de Ponta Grossa, a nova unidade atuará em outras 19 comarcas: Arapoti, Castro, Imbituva, Ipiranga, Irati, Jaguariaíva, Mallet, Palmeira, Piraí do Sul, Rebouças, Reserva, São João do Triunfo, São Mateus do Sul, Sengés, Teixeira Soares, Telêmaco Borba, Tibagi, União da Vitória e Wenceslau Braz.
Esse é o oitavo núcleo do Gaeco do Paraná. Também têm sedes do grupo especial os municípios de Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava e Francisco Beltrão. Na prática, as oito unidades acabam atendendo o estado todo. “A descentralização faz com que as pessoas, por estarem mais próximas, passem a procurar para denunciar ou pedir providências”, comenta o procurador de Justiça Leonir Batisti, coordenador estadual do Gaeco, ao falar sobre as vantagens de se ter núcleos espalhados pelo estado.
A criação de núcleos regionais do Gaeco teve início em 1998, quando foi instalada a sede de Londrina. Além de promotores de Justiça e servidores do MPPR, os grupos especiais têm em suas estruturas policiais militares e policiais civis, colocados à disposição do MPPR com base na determinação contida no Decreto 10296/2014, do Governo do Estado do Paraná. “O modelo do Paraná é considerado o melhor para um trabalho dessa natureza e complexidade, pois congrega no mesmo espaço e num trabalho conjunto o Ministério Público e as Polícias Militar e Civil”, acrescenta Leonir Batisti.
Atuação – O Gaeco foi criado em 1994, inicialmente com o nome de Promotoria de Investigação Criminal (PIC), com atribuições de caráter geral na área criminal. Em 1997, suas funções foram delimitadas com as características mantidas até hoje. Já naquele período, o grupo passou a desenvolver um trabalho importante para o Paraná, especialmente no que se refere ao controle externo. A adoção do nome Gaeco foi estabelecida em 2007 pela Procuradoria-Geral de Justiça. Em abril de 2008, foi instituída a Coordenação Estadual do Grupo de Atuação Especial.
Números colhidos pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos de Planejamento Institucional do MPPR são uma amostra do trabalho desenvolvido pelo Gaeco durante parte de sua trajetória. Segundo o levantamento, desde 2012, o Gaeco do Paraná instaurou 1.135 procedimentos investigatórios. Desse total, 678 são procedimentos investigatórios criminais, que incluem desde apurações próprias sobre crimes de homicídio até investigações relacionadas à prática de crimes que lesam o poder público; 303 são procedimentos investigatórios relacionados ao controle externo da atividade policial e 154 procedimentos por motivações diversas. Como resultado das investigações realizadas, foram ajuizadas 302 ações e arquivados 545 procedimentos. Há, ainda, 188 procedimentos em andamento nas unidades do Gaeco de todo o estado.
Como acionar o Gaeco – Quem deseja denunciar situações relacionadas ao crime organizado ou ao controle externo da atividade policial pode procurar diretamente os núcleos regionais do Gaeco no Paraná, contatá-los por telefone ou mesmo pela internet. Para ver os endereços e telefones das sedes do Gaeco, clique aqui. Acesse aqui a página dos núcleos na internet. Os denunciantes devem informar apenas nome, e-mail, assunto e dados da denúncia. Por semana, em média, as unidades do Gaeco no estado recebem 15 denúncias, incluindo todos os canais disponíveis (internet, telefone e procura direta).