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Aparecido Queiroz Balbino, acusado pelo Ministério Público, bem relacionado na cidade de Maringá.

A denúncia tem cerca de 101 páginas e o processo, mais de 1.500. Há reprodução de interceptações telefônicas e dados que mostram como funcionava o esquema, especializado em licitações de mobiliário, que ocorria também em várias outras cidades do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

A 20ª Promotoria de Justiça (Proteção ao Patrimônio Público) de Maringá, no Norte-Central paranaense, ofereceu denúncia contra 14 pessoas, dentre elas empresários e representantes comerciais, pela prática de crimes contra a administração pública, de falsidade ideológica e material, crimes fiscais e contra a Lei de Licitações. A denúncia foi encaminhada à 4ª Vara Criminal da Comarca.

De acordo com as investigações, os denunciados integravam organização criminosa que controlava ao menos 11 pessoas jurídicas (todas em nome dos acusados, parentes e amigos), através das quais cometiam inúmeros crimes em Maringá e outras cidades do Paraná, São Paulo e Santa Catarina. A organização teria participado de pelo menos 1.630 licitações desde 2008, movimentando ao menos R$ 30 milhões. O objetivo principal era vencer procedimentos licitatórios, geralmente com superfaturamento. Para isso, cometiam inúmeros crimes, inclusive corrupção de agentes públicos.

Foi possível verificar que outras empresas que não pertenciam à organização criminosa também participaram de fraudes, fornecendo orçamentos com preços acertados entre concorrentes, com loteamento dos objetos das licitações, ou mesmo recebendo dinheiro para deixarem de participar de procedimentos licitatórios.

A partir das mesmas investigações, foram ou estão sendo instaurados 15 outros procedimentos investigatórios criminais relacionadas à participação de servidores públicos nos delitos. Pelo menos outras 80 Promotorias de Justiça do Paraná e de São Paulo receberão cópias de peças processuais para apuração dos fatos ocorridos em outras comarcas.

O promotor de justiça LEONARDO DA SILVA VILHENA, da Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público, ingressou com denúncia criminal contra 14 pessoas que integrariam uma quadrilha desmontada há um ano, na chamada Operação Cupim, realizada na Secretaria de Recursos Materiais, Abastecimento e Logística de Maringá.

A denúncia tem cerca de 101 páginas e o processo, mais de 1.500. Há reprodução de interceptações telefônicas e dados que mostram como funcionava o esquema, especializado em licitações de mobiliário, que ocorria também em várias outras cidades do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Apontado pelo Ministério Público como líder da organização criminosa que teria fraudado mais de R$ 30 milhões em licitações em várias prefeituras do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, está APARECIDO BALBINO DE QUEIROZ, que presidiu a Associação das Micro e Pequenas Empresas de Maringá e Região (Micromar) até a realização da Operação Cupim, no final de 2014.

Segundo consta na WEB, Aparecido Balbino é bem relacionado com políticos locais, era em sua chácara que o ex-prefeito Silvio Barros II (PHS) promovia encontros festivos com secretários municipais, dizem os blogs da cidade.

Fonte: Ministério Público do Paraná

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