Entre os presos, está Rodrigo Becker, diretor regional da Empresa de Saneamento do Paraná – SANEPAR.
O prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira (PSD), é um dos alvos de condução coercitiva da Operação Pecúlio, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (19). As primeiras informações apontam que os agentes teriam encontrado R$ 120 mil em dinheiro na casa do prefeito. O objetivo da operação é desarticular um grupo que teria praticado crimes contra a administração pública na cidade. A investigação analisa licitações municipais relacionadas a verbas públicas federais, que teriam envolvido ‘obtenção de vantagens indevidas’.
Não é a primeira vez que o nome de Pereira é ligado a um alto montante de dinheiro. Em outubro de 2015, um policial militar foi preso em Foz do Iguaçu, suspeito de ter vazado informação de um boletim de ocorrência, que indicava o furto de R$ 300 mil e duas armas pertencentes ao prefeito. Na época, Pereira explicou que o dinheiro havia sido sacado do banco por ordem de um juiz e tratava-se de um alvará judicial. As armas possuíam registro. Tudo isso estava sob os cuidados de um guarda municipal, que fazia a segurança do prefeito.
A operação
Cerca de 250 policiais federais, 23 agentes da Receita Federal e 14 da Controladoria-Geral da União cumprem quatro mandados de prisão preventiva, dez mandados de prisão temporária, 19 conduções coercitivas e 51 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados, órgãos públicos e em empresas supostamente ligadas à organização criminosa.
Segundo a PF, a Operação Pecúlio foi iniciada há dois anos, ‘mediante inquéritos policiais instaurados pela Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu’.
“A partir da análise dos elementos coletados no curso das investigações, foi possível constatar a existência de fortes indícios de ingerências de gestores do município, de forma direta e indireta, em empresas contratadas para prestação de serviços e realização de obras junto à Administração Municipal, para as quais foram direcionadas quantias milionárias de recursos públicos federais (PAC e outros), bem como em empresas contratadas para prestar serviços ao Sistema Único de Saúde – SUS”, informa nota da PF.
Os mandados judiciais foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em Porto Alegre/RS e pela Justiça Federal em Foz do Iguaçu, após pareceres do Ministério Público Federal.
Os investigados responderão pelos crimes de peculato, corrupção passiva e corrupção ativa, prevaricação, crimes a licitações e organização criminosa. Se condenados os envolvidos podem pegar penas de mais de vinte anos de prisão.
Fonte: Gazeta do Povo