Baterias eram contrabandeadas e estavam vazando em solo de depósito.
Um homem foi detido e levado à Polícia Federal.
Dezenas de baterias de carros usadas foram apreendidas pela Polícia Ambiental em um depósito em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, nesta sexta-feira (27). O material é do Paraguai e estava armazenado nos fundos de uma antiga empresa de radiadores. Um homem foi detido e levado à Polícia Federal, pois as baterias foram contrabandeadas.
De acordo com a Polícia Ambiental, as baterias estavam vazando e contaminando o solo. Além desse material, no local ainda foram encontrados rolos de fios de cobre e várias caixas com baterias novas de celulares.
O suspeito disse à polícia que o lugar funcionava como estoque de mercadorias, e os produtos seria de um paraguaio. O caso será encaminhado ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para procedimentos administrativos e multas.
O problema já havia sido alertado pelo Vigilantes da Gestão
Recentemente, o Vigilantes da Gestão, em operação denominada chumbo grosso, fez levantamento de diversas empresas que existem no Paraná, de forma irregular, causando potenciais crimes ambientais, em tese, sob a conivência do IAP –Instituto Ambiental do Paraná.
Todos os casos estão sob análise do Ministério Público do Paraná, que em diversas comarcas, instaurou procedimento investigatório. Se valer a lei, mais de oitenta por cento das empresas tem que fechar as portas, informam os técnicos consultados pelo Vigilantes da Gestão.
Empresas que detém os certificados ISO, terceirizam os serviços de reciclagem do seus passivos para empresas de menor porte, que se instalaram em pequenos municípios sob autorização (licença de operação) concedida pelo IAP, sem a exigência que a Lei determina.
O preço do chumbo é um fator indutor ao crime
Como o custo para destinação do lixo do processo, denominado de “escória de chumbo”, que precisa ser destinado em aterro industrial, devidamente licenciado, muitas empresas, para não reduzir sua margem de lucro, fazem destinação ilegal dos materiais. Algumas estão sob suspeita de enterrar o material embaixo de barracões, outras sob suspeita de moer o material e misturar em pedra britada, vendendo depois este material para prefeituras, que acabam espalhando o passivo pelas ruas e estradas do município.
Há suspeita de importação deste lixo de outros países, crime federal, que está sendo constado com esta notícia. Interessante ver que as poucas empresas que se ajustaram a lei e existem para atuar não conseguem competir com as “empresas ilegais”. “Os fiscais do IAP precisam se explicar sobre as condicionantes em que foram concedidas as Licenças de Operação para as empresas, pois a tragédia que está sendo causada para as famílias é inegável, nenhum emprego justifica as doenças , como câncer, que este lixo causa nas milhares de pessoas” afirma Sir Carvalho, presidente do Vigilantes da Gestão, coordenador da operação “Chumbo Grosso. “ Vamos lutar para colocar os criminosos na cadeia e fechar as empresas ilegais”, reforça.
Denuncie: Caso você saiba de alguma coisa deste gênero, faça a denuncia para o Vigilantes da Gestão, que manteremos sua identidade em sigilo.
Fontes: Redação e G1