Os acusados de encabeçar o esquema é o genro e o cunhado de Vanderlei José Crestani atual secretário de finanças de Pato Branco, na época Crestani era prefeito de Chopinzinho. Conforme informações da PF, na primeira licitação, em 2011, a empresa representada pelo cunhado do ex-prefeito foi a vencedora para assinatura de contrato de R$ 482.527,49. Logo em seguida, essa licitação foi anulada por “conveniência administrativa”. Segundo a PF, o cunhado do ex-prefeito retirou-se do contrato social da empresa, porém, depois, a mesma empresa sagrou-se vencedora em uma nova licitação com preço global de R$ 481.140,52.
A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão em Chopinzinho e em Pato Branco, ambas na região sudoeste do Paraná, na manhã de quarta-feira, dia 5 desta. O objetivo foi investigar fraudes em licitações de obras públicas em Chopinzinho.
Segundo a PF, as ordens judiciais fazem parte das investigações que apuram fraude em licitações na construção de calçadas públicas em Chopinzinho. As obras foram custeadas com recursos repassados pelo Ministério das Cidades.
As investigações, conforme a PF, apontam ainda para o direcionamento de contratos da Prefeitura de Chopinzinho para uma empresa de construção civil constituída em nome de “laranjas”, mas encabeçada pelo genro e pelo cunhado do ex-prefeito Vanderlei José Crestani.
O ex-prefeito, atualmente é secretário de Administração e Finanças na Prefeitura de Pato Branco, considerado por muitos como o segundo homem na cadeia de comando de Pato Branco. Todas as notas fiscais emitidas pelo sistema de geração de notas da prefeitura emitem automaticamente um e-mail para o consumidor que vai assinado digitalmente com o nome de Vanderlei José Crestani.
Conforme informações da PF, na primeira licitação, em 2011, a empresa representada pelo cunhado do ex-prefeito foi a vencedora para assinatura de contrato de R$ 482.527,49. Logo em seguida, essa licitação foi anulada por “conveniência administrativa”. Segundo a PF, o cunhado do ex-prefeito retirou-se do contrato social da empresa, porém, depois, a mesma empresa sagrou-se vencedora em uma nova licitação com preço global de R$ 481.140,52.
Nesse novo contrato, uma das sócias da empresa também figurou como fiscal administrativa, representando a Prefeitura de Chopinzinho. Os mandados de busca e apreensão realizados na quarta-feira foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Pato Branco. Eles foram cumpridos em casas e em empresas de construção civil por policiais federais de Guarapuava, na região central do estado.
Entre as casas, está a da filha do ex-prefeito de Chopinzinho. Conforme a PF, o marido dela e genro do ex-prefeito é um dos donos da empresa de construção civil envolvida no esquema.
Por fim, ainda segundo informações da PF, duas empresas que têm como representantes os parentes do ex-prefeito funcionam em bem público de mais de 41 mil m², com barracão de 815 m², cujo uso foi concedido pela Prefeitura de Chopinzinho.
Outra caso – O Poder Judiciário do Paraná, Comarca de Chopinzinho, reconheceu, em ação civil pública, atos de improbidade administrativa na gestão do ex-prefeito de Chopinzinho, Vanderlei José Crestani. Na sentença, à época, a juíza de direito também citou o envolvimento de Adriana Margreiter, Delfo Martinelli, Janaína Bonissoni Agnolli e Marcia Antônia Scapinello.
De acordo com a sentença, em 2009 o município de Chopinzinho, por intermédio do prefeito e da comissão permanente de licitação — composta por Martinelli, Janaína e Marcia — deixaram de observar os princípios constitucionais da administração pública ao firmar contrato com a escola de informática em que Adriana seria sócia.
Num dos trechos, a sentença diz que os documentos apresentados como denúncia revelam que o prefeito da época, Wanderlei Crestani e a ré Adriana mantinham relacionamento amoroso anteriormente a realização da licitação e da contratação administrativa que ocorreu através de licitação na modalidade pregão presencial. A juíza de direito da Comarca de Chopinzinho, Lidiane Rafaela Araújo Martins sentenciou a condenação Crestani e Adriana.
Conforme a sentença, a condenação imposta aos dois prevê a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de três anos, multa civil no valor de dez vezes o valor da remuneração daquela época — cerca de R$ 2.000,00 — e a proibição de ambos de contratar e receber benefícios do Poder Público pelo período de três anos.
De forma solidária, os dois réus foram condenados ao pagamento das custas, despesas processuais e do pagamento de honorários ao Ministério Público que arbitra em R$ 8.000,00. O valor será revertido ao Fundo Especial do Ministério Público. Houve recurso e o processo está tramitando na justiça.
Controle interno – O CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DA REDE DE URGÊNCIAS DO SUDOESTE DO PARANÁ nomeou através da resolução 049/2012, Adriana Margreiter como coordenadora de Controle Interno da entidade. Toda a execução de ações e serviços na área de regulação das urgências, transporte de pacientes graves e atendimento pré-hospitalar móvel que estejam ligados à política Nacional de Atenção às Urgências do SUS no Sudoeste do Paraná está sendo controlada por ela.
Fonte: PF e WEB