Após 7 anos de sua fundação, acompanhando a gestão pública de Castro, na região dos campos gerais do Paraná, o observatório da cidade se moderniza e busca ampliar a participação de voluntários. Em ampla discussão, a diretoria decidiu mudar o nome da entidade para Observatório da Gestão Pública de Castro ou simplesmente Observatório de Castro, mudar a logomarca e divulgar melhor os resultados de sua atuação.
Atuando de forma independente, sem nenhuma participação de partidos políticos ou de agentes públicos, a ong vem trabalhando de forma sistemática no combate ao desperdício de recursos da sociedade. Os voluntários trabalham, fazendo revezamento, juntamente com a equipe contratada, para analisar os processos de compras públicas da Prefeitura e da Câmara, análise de estoques, frota, pessoal e outros itens importantes da gestão.
A marca do Observatório de Castro é inovada – A nova identidade do Observatório de Castro passa também pela mudança de logomarca, para que não haja confusão com outras ongs existentes em outras cidades, a diretoria decidiu criar um novo logotipo, mas adequado ao trabalho que é feito e mais moderno. A imagem estilizado de um sapo, símbolo da cidade.
Da mesma forma foi feito a mudança de nome, pois havia confusão quando se tratava de “social”, visto que, no entendimento da maioria da população lembrava trabalho de serviço social, agora com a nova denominação, “gestão pública” fica claro qual é o foco do trabalho, controlar a gestão pública.
“O trabalho sempre foi executado de forma técnica e continuará sendo assim”, afirmam os diretores, “mas precisamos ter nossa identidade própria, não somos ligados a organizações de fora, pois representamos o controle da gestão pública da cidade e é para ela que temos que trabalhar”.
Novo site – O novo site, criado para a nova fase do Observatório de Castro, traz linguagem simples e funcional para que a sociedade possa acompanhar os trabalhos desenvolvidos e participar mais da vida da comunidade. O desenvolvimento foi feito com estrutura que permite visualização no celular, sem desfigurar o conteúdo das notícias, facilitando o acesso.
Diretoria comprometida – Toda a diretoria do Observatório de Castro é voluntária, sem vínculos com a prefeitura e câmara de vereadores, faz por convicção de que é necessário o envolvimento de todos na correta aplicação dos recursos que são arrecadados através dos impostos.
Denuncias – São inúmeras denuncias de ilegalidades enviadas ao Ministério Público, muitas delas foram responsáveis por coibir desperdícios do dinheiro do cidadão castrense. Segundo os diretores: “infelizmente, quando o gestor não corrige os erros, temos que encaminhar denuncia ao MP”.
Vereadores não fiscalizam – Outra questão muito debatida pelos voluntários é a falta de fiscalização dos vereadores, que deixam de cumprir a mais importante função para a qual foram eleitos. Se os vereadores cumprissem a função de fiscais não haveria necessidade de instituir uma ong para controlar o governo municipal.
Durante anos o Observatório de Castro, encaminhou as denuncias a Câmara de Vereadores, mas nenhuma das denuncias enviadas resultou em investigação, pois a maioria dos vereadores da Câmara se aliam ao prefeito e não fazem nada. Trocam a função de fiscalizar pela função de despachar pleitos que o cidadão deveria encaminhar diretamente ao prefeito e secretários.
“O ideal seria a Câmara de vereadores cumprir a função fiscalizadora, não haveria necessidade do cidadão se organizar em uma ong e pagar duas vezes”, desabafa um voluntário. “Mas o eleitor também tem sua parcela de culpa, porque acha que vereador é despachante de suas demandas, por isso faz pedidos ao eleito”.
Judicialização da gestão pública – Outro agravante avaliado pelo Observatório de Castro é a judicialização da gestão municipal, pois de certa forma os promotores são obrigados a atuarem como executivo e legislativo, na ausência de ação direta dos agentes públicos. Este fato sobrecarrega o Ministério Público que tem que agir para suspender licitações, obrigar o prefeito a destinar corretamente recursos para a saúde, suspender leis absurdas, etc.
Diversas licitações foram questionadas pelo Ministério Público a pedido do Observatório de Castro, resultando em imenso trabalho técnico para coibir a má aplicação dos recursos, causando retrabalho e perda de tempo de todos. Tudo isto custeado com dinheiro público. “É o custo Brasil”, afirmou outro voluntário, “pagamos muito e pagamos mal, infelizmente” concluiu.
Voluntários podem participar – Qualquer cidadão pode contribuir para que o dinheiro dos impostos seja bem aplicado. “Se o cidadão tem algum conhecimento de produtos e serviços, ou conhece de gestão pública, deve procurar o Observatório de Castro para se cadastrar”. Após análise do cadastro, se não for ligado a partidos políticos ou a entidade pública municipal, poderá contribuir com seu conhecimento na análise dos atos dos agentes públicos e na gestão dos recursos. “Cada centavo economizado é mais serviços que a sociedade receberá” reforça a diretoria.
Conheçam: www.observatoriodecastro.org.br