Prefeito, secretário e empresários são alvo de oito mandados de busca e apreensão em Três Barras do Paraná e Catanduvas na Operação Container
O Ministério Público do Paraná cumpriu na quinta-feira, 25 de junho, oito mandados de busca e apreensão em Três Barras do Paraná e Catanduvas, no Oeste do estado. São alvos o prefeito e um secretário municipal de Três Barras do Paraná, três empresários e duas empresas.
Investigações dos núcleos de Guarapuava do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) apuraram indícios de que, entre novembro de 2016 e julho de 2019, o prefeito teria recebido vantagens indevidas em dinheiro para favorecer um grupo empresarial em contratações, renovações contratuais e aditivos contratuais de coleta e destinação de lixo do Município de Três Barras. Há suspeitas de que a propina seria paga por meio de duas empresas, localizadas em Três Barras do Paraná e Catanduvas, uma delas vinculadas ao secretário municipal.
As apurações são desdobramento da Operação Container, na qual o Gaeco e o Gepatria de Guarapuava identificaram a existência de organização criminosa criada com o objetivo de regionalizar e fixar artificialmente os preços do mercado licitatório de coleta e destinação de resíduos sólidos em diversos municípios da região Sudoeste e parte das regiões Oeste, Centro-Ocidental e Centro-Sul do estado.
Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
OPERAÇÃO CONTAINER 2018 – 2019
Em julho de 2018, investigações do VIGILANTES DA GESTÃO levaram o Ministério Público a desencadear uma operação de combate ao mal uso do erário e corrupção envolvendo contratos e licitações de lixo no estado do Paraná.
Conforme Sir Carvalho – Presidente da ONG Vigilantes da Gestão – a operação é fruto do trabalho de investigação de aproximadamente cinco anos, levando o MPPR a mirar em pelo menos 200 processos licitatórios de 11 cidades do Paraná desde 2014: Curitiba, Francisco Beltrão, Araucária, Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Nova Esperança do Sudoeste, Dois Vizinhos, Enéas Marques, Salto do Lontra, Cafelândia e Umuarama.
Naquela ocasião, integrantes do VIGILANTES DA GESTÃO viajaram pelo interior do estado verificando as irregularidades, quando foram encontrados valores a mais, fraudes em licitações e orçamentos, destinação incorreta de resíduo, sendo que as empresas investigadas recebiam, via contrato, para dar destinação correta ao lixo.
Relembre algumas situações e desdobramentos da Operação Container:
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