A pedido da Promotoria de Justiça de Realeza, no Sudoeste do Paraná, a Justiça determinou a indisponibilidade de bens do ex-prefeito (gestão 2008-2012) do município e de outras seis pessoas, em caráter liminar. O ex-prefeito de Realeza, Eduardo André Gaievski, que também foi assessor da Casa Civil na época em que Gleisi Hoffmann (PT) era titular da pasta, quando ocupava função de prefeito juntamente com os demais requeridos são acusados de contratar, antes da realização do processo licitatório, serviços de infraestrutura para shows de uma feira de exposições, em 2012.
O valor dos bens bloqueados de cada um dos réus, de acordo com a Promotoria de Justiça, totaliza R$ 179 mil, referentes aos danos causados ao erário, além de R$ 358 mil – quantia que representa duas vezes o valor do contrato firmado indevidamente – para assegurar o pagamento de eventual multa civil.
A Promotoria de Justiça esclarece que a indisponibilidade de bens decretada na ação civil pública de improbidade administrativa não tem qualquer relação com as condenações criminais do ex-prefeito em relação a crimes de estupro de vulnerável e assédio sexual. Gaievski está preso desde 2013 e chegou a ficar foragido durante uma semana após ter sua prisão decretada. Ele foi preso em Foz do Iguaçu, no Oeste, onde estava escondido na casa de parentes. Ainda restam mais três casos para ser julgados, segundo o advogado das vítimas.
Fonte: Ministério Público do Paraná e WEB.