Um caminhão de documentos é retirado no Honpar após busca e apreensão
Pela segunda vez nessa semana, justiça determina busca e apreensão de documentos no hospital Honpar, antigo João de Freitas.Um caminhão foi alugado para transportar todo material apreendido que agora está à disposição da justiça. O Honpar é investigado por suposta fraude no SUS.
Na manhã do sábado (14), a pedido da ONG Vigilantes da Gestão Pública, foi realizada uma nova busca e apreensão no Hospital Norte Paranaense (Honpar).
Diversos documentos contábeis e registrados dos últimos cinco anos foram apreendidos e encaminhados para o fórum de Arapongas. Devido ao grande volume um caminhão teve que ser alugado para transportar o material apreendido.
Em seu despacho o magistrado José Foglia Junior acolheu o pedido da ONG para que se cumprisse na integridade o mandado que havia sedo iniciado na última quarta (11). Sir Carvalho, responsável pela ONG revela que na ocasião o oficial de justiça responsável em apreender os referidos documentos foi impedido de realizar seu trabalho por representantes do hospital que alegaram não ter as chaves dos locais onde estavam os objetos das buscas.
Ele interpretou essa negativa como obstrução de justiça e fez um novo pedido para o juiz, que remeteu para a promotoria. Todo o processo burocrático levou cerca de dois dias para que se obtivesse a nova determinação de cumprimento do mandado na íntegra. Questionado se essa demora não pode ter prejudicado a busca, Sir afirma que de fato um mandado deve ser realizado com agilidade para não se perder a função principal, que é ter acesso a documentos que podem comprovar algum tipo de ilicitude.“A obstrução inicial pode ter trazido algum tipo de prejuízo sim, porém não podemos trabalhar com suposições, então após a análise de todo material apreendido é que nós poderemos chegar a uma conclusão definitiva sobre isso”, completa.
O advogado representante da Honpar se negou em atender a imprensa e a diretoria não quis se pronunciar.
Fotos: Vigilantes da Gestão
Relembre algumas etapas deste caso:
Reflexão Política – Por Sir Carvalho
O VIGILANTES DA GESTÃO recebeu diversas denúncias de cobranças ilegais de pacientes do SUS no hospital de Arapongas, investigou, denunciou, impetrou ação civil pública, conseguiu mandado de busca e apreensão, fez a busca e apreendeu uma infinidade de documentos que serão analisados.
Tudo isso sem um centavo de dinheiro público, sem a tutela financeira do Estado. Sem se envolver em questões políticas, sem contaminação. Mas onde estavam os vereadores, o Conselho de saúde, a sociedade civil organizada?
Fiz diversas viagens à cidade, diversas reuniões com o Ministério Público, com autoridades. Nosso advogado Raphael Karan e equipe trabalhou intensamente para que a ação fosse impetrada, que o judiciário acolhesse o pedido de buscas, tudo para avançarmos na luta contra o crime.
Onde estavam os políticos locais? Onde estavam os deputados? É bom dizer que a gestora do hospital é uma ong e não está sendo investigada pelos deputados.
O sistema é perverso. Quantos foram previlegiados no atendimento em detrimento dos que não tinham dinheiro para pagar paralelo? Não sabemos ainda, mas saberemos!
De uma coisa temos certeza; os entes locais, ferramentas do povo, vereadores pagos para fiscalizar, não fizeram o dever do cargo. O Conselho de saúde também não!
Estamos cansados de ver esse engodo. Essa sacanagem com a ignorância do povo, essa irresponsabilidade com o dinheiro público.
Deve haver milhões de motivos!
Então, em época do corona vírus, passei o sábado dentro de um hospital fazendo buscas em documentos, até no lixo hospitalar.
Isso, depois de ter rodado 1100 km, ter chego em Curitiba tarde da noite e, na sequencia, saído as 4 da manhã de sábado, para Arapongas de novo.
E aí, vai encarar?
Sir Carvalho, Presidente do Vigilantes da Gestão