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Em muitos municípios do Brasil,
via de regra, a equipe de licitações compra de agulha a caminhão, fazendo dessa gente um verdadeiro centro de milagres.
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Como a demanda é imensa e a pressão pela compra vem sempre “pra ontem”, dada a necessidade de atender o povo, vai fazendo “como dá”.
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Ocorre que não basta compreensão. Há lei, tem normas, procedimentos, dos quais não se pode afastar.
Se não cumprir com a lei, não se pode contratar.
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Na outra ponta, pressionado pela politicagem, o prefeito nomeia secretários na cota de partidos, sem qualificação, sem perfil técnico, sem conhecimento da “coisa pública”. São fantoches do esquema, não são talhados para gestão.
Via de regra, se administrassem um boteco, quebravam.
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Esses secretários deveriam nortear a compra, fazendo um termo de referência balizado, fundamentado, receitando o bem ou serviço a ser contratado, com orientação técnica para a feitura do edital.
Mas não é isso que acontece. Mandam uma nota pobre, vesga, manca e, “que se vire” o pessoal de licitações!
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Surge o edital, aleijado, podre, vesgo, cheio de anomalias, protecionista ou restritivo. Falta meios ou sobra desculpas. Mas o parachoque é a turma da licitação!
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Daí surge o Vigilantes da Gestão. Aponta o erro, a ilegalidade, determina correção.
A culpa não é do servidor da licitação, é do prefeito que vendeu a alma na eleição. Não tem liberdade de nomeação. Nomeia o inútil indicado pelo partido ou vai arrumar confusão.
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Vencer o pleito, assumir o cargo, não é Gestão, fazer o certo, o legal, exige compreensão. Transferir a outrem a responsabilidade é covardia e pura omissão!
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Aos guardiões da lei, pedirei: digam não!
Sir Carvalho