Operação Container aponta recebimento de mãos de R$ 600 mil de propina em Mangueirinha, no Paraná
O Ministério Público do Paraná ofereceu denúncia pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro contra o ex-prefeito (2009-2012 e 2013-2016) e o ex-secretário municipal de Administração (2013-2016) de Mangueirinha, no Centro Sul do estado. A ação penal foi proposta pelos Núcleos de Guarapuava do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), unidades especializadas do MPPR, no âmbito da Operação Container.
De acordo com as investigações, entre 2012 e 2018, a partir de fraudes em processos licitatórios de serviço de coleta de resíduos sólidos para o Município, os denunciados teriam recebido vantagens indevidas, por 32 vezes, que somaram R$ 677.214,87. Eles ainda omitiam os valores recebidos indevidamente, como propina, dos empresários responsáveis pelas empresas participantes do esquema criminoso, utilizando empresas de fachada, contas bancárias de parentes e depósitos fracionados em contas bancárias diferentes. Os ilícitos teriam sido mantidos inclusive após o fim dos mandatos dos agentes públicos.
Operação – Deflagrada em julho de 2018, a Operação Container apurou fraudes em licitações para contratação de serviços de coleta e destinação de lixo em várias cidades paranaenses. Os crimes denunciados ficaram comprovados a partir da análise de anotações apreendidas em mandados de busca em residências dos investigados, quebra de sigilo bancário e informações prestadas a partir de acordos de colaboração premiada.
Processo número 0000727-30.2022.8.16.0110
Leia também:
06/02/2020 – Gaeco promove nova etapa da Operação Container na região Oeste
Fonte: Ministério Público do Paraná
“O Ministério Público do Paraná está de parabéns ao continuar o seu trabalho de apuração de todo material da Operação Container. O Vigilantes da Gestão fez o seu dever em levantar, apurar e oferecer elementos para que o GAECO deflagrasse a Operação e agora, dentro deste escopo de estratificação de tudo o que foi apreendido, é que vão surgindo essas novas denúncias.
É assustador como em uma cidade tão pequena como Mangueirinha, ter transitado esse volume de dinheiro ilegal e ter sido objeto de propina na casa de mais de R$ 600 mil.
Considerando que temos mais de 60 municípios onde ocorreram contratos desse grupo, ainda teremos muito que verificar e muitos desdobramentos estão por vir, desse material apreendido na Operação Container. Relata Sir Carvalho, Presidente do Vigilantes da Gestão Pública
É o povo do Paraná recebendo a justa medida do retorno dos impostos que pagam.
Gestores irresponsáveis, prefeitos corruptos entre outros agentes públicos faziam a farra da propina e agora recebem a devida medida legal, diante dos seus atos. Finaliza Carvalho.
Relembre o caso, no início: