Um #tbt que vale muito a pena rever…
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Procurado
No farol de Sir
O homem que criou uma ONG para um case específico e hoje é chamado Brasil afora e até no exterior para caçar corrupção
Texto Rejane Martins Pires – Foto(s) Bruna Scheidt – Publicado em 10/08/2018
Seu nome é Sir. Seu sobrenome, Carvalho.
Sir, vale dizer, não é uma referência ao título honorífico.
É somente uma tradição familiar de batizar os filhos com nomes iniciados pela letra “s”. Nada mais.
E Carvalho, bem, assim como a árvore milenar, traz em si a simbologia da força e da resistência.
Ambos, homem e árvore, se fortalecem das intempéries.
Se você está achando que é muita simbologia para uma única pessoa, escuta essa: Sir nasceu em Farol, à época distrito de Campo Mourão. Farol, como todos sabem, significa uma luz, uma direção a seguir, o caminho do bem que guia o homem na vida. Este é Sir, o homem/árvore, o homem/luz, o homem/homem. Nada de super-herói.
Apenas um cidadão comum dotado de ânimo e coragem para fazer o que deveria ser tarefa de todos: fiscalizar o desvio de dinheiro público pelo Brasil. Trocando em miúdos, ele é um caçador de corrupção. Em novembro do ano passado, ganhou mais visibilidade após uma reportagem sobre a licitação milionária do lixo em Cascavel. Mas o seu trabalho vem muito antes disso.
Há cinco anos, este filho de agricultores que quase virou um domador de cavalos profissional, criou a ONG Vigilantes da Gestão, em que centraliza o trabalho de 1,4 mil pessoas, chamadas INGs, indivíduos não-governamentais. São cidadãos igualmente indignados que acompanham as receitas e despesas de órgãos públicos em quase todos os estados.
Sob a coordenação de Sir – pessoalmente ou via WhatsApp -, estão funcionários públicos, militares, jornalistas, advogados, promotores de Justiça, juízes, médicos, empresários, entre outros tantos voluntários secretos. Não há como precisar o número de fraudes com o dinheiro público, tampouco o montante desviado, mas uma coisa é certa: é muita grana! Mas como começou tudo isso?
Como consegue?
Como está vivo?
Qual seu propósito?
Para estas e outras perguntas, acompanhe a entrevista (no link)